MEU PERCURSO HISTÓRICO VIVIDO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO - VIVÊNCIAS COM A LEITURA E ESCRITA
APRESENTAÇÃO
O presente memorial visa descrever
a minha trajetória inicial durante o processo de alfabetização focando as
minhas experiências com a leitura e escrita como possibilidade de resgate
desses momentos para compreensão do processo de aprendizagem durante a
apropriação e sistematização dos códigos linguísticos. Essa atividade foi
proposta pela disciplina de Alfabetização I, do terceiro semestre, do curso de
licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB.
1.
MEU PERCURSO HISTÓRICO DURANTE O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: VIVÊNCIAS
COM A LEITURA E ESCRITA
Escrever esse memorial é
para mim um tanto quanto difícil, uma vez que, não me recordo de muita coisa
envolvendo a minha infância; os resultados aqui expressos vieram de fruto de
uma pesquisa onde indaguei familiares, amigos e minha antiga professora, que me
ajudaram narrando pequenas histórias do meu passado na fase de alfabetização.
Eu não gosto muito de falar
do meu passado, eu sei que minha mãe passou muitas coisas, e até hoje isso está
dentro de mim; eu admito que sou uma pessoa muito sensível, o choro é algo que
me marca até hoje, é como se a criança do passado ainda estivesse internalizada
em mim, isso me incomoda muito, porque sou conhecida como a menina que chora
por tudo; enfim estou procurando ajuda com uma profissional formada em psicologia.
Meu ingresso na escola foi
algo um tanto quanto prematuro para a perspectiva de algumas pessoas; aos dois
anos e nove meses meus pais me colocaram na escola. Eu não posso afirmar o sentimento
que eu tive em relação a isso, era muito nova, e não me lembro de muita coisa.
Com o decorrer desse processo de escolarização tive contato com o mundo da
leitura; livros, revistas e outros artefatos da literatura cotidiana; isso foi
para minha família uma experiência muito gratificante, pois já na educação
infantil fui alfabetizada.
Para mim ler e escrever é um
momento desejado por muitos, um ato que quando iniciado causa admiração e
prestígio aos nossos responsáveis e as pessoas que nos rodeiam.
[...] na maior parte das vezes relembrar não é reviver, mas refazer, reconstruir, repensar com imagens de hoje, as experiências do passado. A memória não é sonho, é trabalho. (Ecléa Bossi, 1983.)
2.
EXPERIÊNCIAS NA ESCOLA
Minha escola na
alfabetização foi a Escola Jardim da Infância, minha professora se chama Edna.
Pesquisando com a docente descobri que, era uma criança um tanto quanto
desanimada em estar no ambiente escolar. Muitas vezes demonstrava aspecto de
preguiça, o que deixava a professora demasiadamente aborrecida. A escola era
pequena, mas era aconchegante, alfabeto colado acima do quadro, cartazes com
consoantes e vogais espalhados pela sala inteira, coloridos e enfeitados, e
alguns desenhos na parede e até hoje a escola funciona.
Os métodos utilizados pela
escola, segunda a professora é pautada mais em aspectos tradicionais da
educação do que em uma visão construtivista. As atividades propostas por ela
geralmente giravam em torno do ensino das letras; um exemplo era o ensino das
famílias silábicas (ba, be, bi, bo, bu, por exemplo), utilizando como suporte o
cantarolar das sílabas. Outras atividades que posso citar era o uso do ditado e
da lista de palavras, como também contornávamos as letras com pedaços de papéis
enrolados em pequenas esferas e colávamos com cola colorida, montando o desenho
da letra proposta.
[...] os métodos da soletração, o fônico e o silábico são de origem sintética, pois partem da unidade menor rumo à maior, isto é, apresentam a letra, depois unindo letras se obtém a sílaba, unindo sílabas compõem-se palavras, unindo palavras formam-se sentenças e juntando sentenças formam-se textos. Há um percurso que caminha da menor unidade (letra) para a maior (texto). (MENDONÇA, 2017 p. 28).
Segundo a professora, eu
desenvolvi as habilidades da leitura e da escrita por meio de abordagens tradicionalista.
Ela afirma que eu não gostava de lê, só queria brincar e chorava o tempo todo.
Eu tinha muita dificuldade para escrever, segundo ela minhas letras eram
bastante complicadas e minha mãe mandava ela sempre “pegar no meu pé”. A figura
da professora é de uma mulher exigente, que ama alfabetizar e já se vê a 16
anos alfabetizando. Uma aula diferente nesse período de alfabetização, ocorreu
no dia da árvore, no qual nossa turma saiu para ver as árvores.
3. DESCREVENDO AS FOTOS
3. DESCREVENDO AS FOTOS
Pelas fotos eu era uma menina que participava de todos os momentos comemorativos da escola; Páscoa, dia do índio, festa junina e festa fantasia, sempre com expressão de seriedade, mas com alegria no coração.
Com relatos de minha mãe eu descobri que era uma menina que só confiava nela e em meu pai, não ia para o colo de ninguém, muito séria, desde bebê, reservada e que não falava muito dos seus sentimentos.
4.
MINHA FORMATURA NA ALFABETIZAÇÃO
Eu não lembro especificamente
dos detalhes desse dia, mas pelas fotos vejo um dia feliz tanto para mim quanto
para minha família.
5. CONCLUSÃO
Desta forma vejo que meu
período de alfabetização foi marcado por altos e baixos; em alguns momentos me
admirei com as habilidades que fui adquirindo e, me frustrando com os problemas
que enfrentava nesse percurso.
Quando fui informada pela
professora que teríamos que elaborar um memorial sobre a alfabetização, pensei
que não iria conseguir, pelo fato de ter momentos difíceis nesse período.
Realizar este trabalho não foi nada fácil, fiz perguntas para minha mãe e fui
na escola onde estudei.
Depois de várias pesquisas,
busca de fotos e arquivos guardados, dúvida e questionamento, logo consegui
montar o memorial sobre alfabetização, espero ter efetuado minha tarefa de
forma objetiva e clara.
ANEXOS
![]() |
° Dia da Páscoa.
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| ° Dia do índio, uma festinha na escola. |
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| ° A festa junina na escolinha, eu e meu amigo Mateus, ele foi o meu par também. |
° Fotos da minha
formatura de alfabetização.
° Momento
da minha entrada e a entrega do diploma na formatura de alfabetização.
° Eu e Pró Edna 15 anos depois.
REFERÊNCIAS
BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade. Lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das
letras, 1983.
MENDONÇA, Onaide Schwartz. Percurso histórico dos métodos de
alfabetização. Disponível em:
<https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40137/1/01d16t02.pdf>.
Acesso em: 18. Ago. 2017.









Para quem não queria escrever, seu memorial está lindo Ayala. Você contextualiza sua alfabetização e consegue fundamentá-la com o referencial teórico da disciplina de Rosângela. Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigada Pró, muito feliz com seu comentário! Gratidão
ExcluirLindo esse reencontro com sua professora 15 anos depois, que gratificante poder encontrar alguém que marca tanto a história! Acredite não foi só o seu processo de alfabetização que teve altos e baixos, isso acontece com todos nós ! Parabéns , você Arrasou !
ResponderExcluirParabéns Ayalla! adorei seu memorial e, assim como você relatou, eu também era uma criança considerada preguiçosa, mas que bom ver que chegamos aonde chegamos apesar dos obstáculos! E que maravilha esse reencontro com a professora, com certeza é uma figura de estrema importância na nossa vida e que fez muita diferença na sua.
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